quinta-feira, 27 de maio de 2010

ARTE NOS SÉCULOS XIX E XX NO BRASIL - PARTE 2



Com a Independência do Brasil, algumas transformações aparecem na sociedade brasileira como, por exemplo, abloição da escravatura, proclamação da República, industrialização e crescimento da economia. Assim, surgem novidades nas artes como o processo de euforia chamado de Belle Époque.

Na arquitetura o Ecletismo e o Art Nouveau serão reponsáveis pelas características dos luxuosos edifícios construídos com as riquezas proporcionadas pelo café, pela borracha e pela industrialização.

Nas artes plásticas, acontece outra manifestação artística nesse período: a caricatura , que ocupará um lugar importante no Brasil.

ECLETISMO

O ecletismo, estilo arquitetônico que aceita misturar numa única construção vários estilos trazidos da Europa, dominará a arquitetura desse período. Observe algumas construções ecléticas:



Teatro Amazonas (Manaus)





Teatro José de Alencar (Fortaleza)


Um fator que caracterizou o Ecletismo no Brasil foi a utilização do ferro. Esse material se tornou de grande importância na Europa após a Revolução Industrial, pois permitiu construções mais rápidas e funcionais resolvendo, assim, as necessidades sócio-econômicas.

O Brasil passou a importar, então, estruturas completas compostas de ferro fundido ou forjado, como as do mercado de Belém e de Manaus.


Mercado municipal de Manaus


Mercado de Belém



ART NOUVEAU

O Art Nouveau (arte nova), estilo artístico criado no final do século na Europa para suplantar o Ecletismo, valoriza a decoração interna e externa das construções e dos objetos com desenhos inspirados em flores e folhas, criando formas sinuosas e serpentinadas.

Um bom exemplo da arquitetura art nouveau é a Vila Penteado, residência do fazendeiro e industrial Antônio Penteado, atualmente sede da Faculdade e Urbanismo da Universidade de São Paulo.

Villa Penteado.
Arquiteto:Carlos Eckman
Ano: 1902
Higienópolis
Rua Maranhão




Fotos copiadas da galeria de Cláudio Zeiger
Detalhes internos de Vila Penteado


















CARICATURA

Alguns artistas começam a expressar suas visões sobre as novidades que ocorreram na mudança do século utilizando caricaturas, ou seja, desenhos que deformam as proporções normais para exaltar características, vícios ou trejeitos das personalidades.

Esse tipo de desenho, segundo historiadores, surgiu pela primeira vez no antigo Egito em papiros, que satirizavam a sociedade da época e continuaram a aparecer durante toda a história da arte européia até atingir o seu apogeu no século XIX na França.

Graças a um certo liberalismo do governo Imperial, que permitiu o direito à crítica, no Brasil a caricatura começa a ser usada como forma de expressão artística a partir de 1830, geralmente relacionada à política. No final do século XIX torna-se muito importante, chegando até os nossos dias.

Angelo Agostini, famoso caricaturista da década de 1860 e colaborador de várias revistas da época, gostava de retratar temas políticos. Observe:



Caricatura de José Bonifácio por Ângelo Agostini, com a legenda: "Festejos da Independência. Grande sarilho no Largo de São Francisco na noite de 8 de setembro. O Patriarca Bonifácio, perdendo a paciência, esteve quase disposto a reagir contra os turbulentos".
Revista Ilustrada, Coleção do Instituto de Estudos Brasileiros da Universidade de São Paulo (USP)
Reprodução de Grandes Personagens da Nossa História













Outros caricaturistas:


Calixto Cordeiro

quarta-feira, 19 de maio de 2010

ARTE NO BRASIL - SÉCULOS XIX - XX






Quando o Brasil torna-se independente, século XIX, acontecem algumas transformações sócio-econômicas e políticas, por exemplo: abolição da escravatura, proclamação da República, expansão da economia (que era baseada no cultivo de café e na extração da borracha) e industrialização.

Isso tudo, influenciou no processo artístico brasileiro, além de contribuir para o desenvolvimento e transformação urbanística e arquitetônica das cidades de São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, Belém e pelo nascimento de Belo Horizonte.

Essa época chegou a ser chamada de Belle Époque (bela época).
Os artistas da Belle Époque gostavam de retratar figuras humanas, principalmente as femininas, e cenas cotidianas. Veja alguns deles:

ALMEIDA JÚNIOR (1850-1899):
Considerado pelos críticos da época o mais brasileiro dos pintores nacionais, gostava de pintar a realidade de pintar as pessoas com quem convivia.


O Picador de Fumo - Almeida Júnior






Saudade - Almeida Júnior




HENRIQUE BERNADELLI (1858-1936):

Pintor chileno naturalizado brasileiro. Estudou na Academia de Belas Artes do Rio de Janeiro e lecionou pintura na Escola Nacional de Belas Artes. O Teatro Municipal do Rio de Janeiro, a Biblioteca Nacional e o Museu Nacional de Belas Artes contam com pinturas de sua autoria na decoração.


Cioclara - Henrique Bernadelli




Tarantela - Henrique Bernardelli


RODOLFO BERNADELLI (1852-1931):

Pintor e escultor mexicano, irmão mais velho de Henrique Bernadelli e também naturalizado brasileiro. Estudou na Academia de Belas-Artes, onde mais tarde foi professor, e após a proclamação da República foi diretor da Escola Nacional de Belas Artes. Deixou obras importantes, como o busto de Benjamim Constant, na Universidade Federal do Rio de Janeiro, a estátua de D. Pedro I, no Museu Paulista, e o monumento a Carlos Gomes, em Campinas.




Monumento a General Osório , 1894
Registro Fotográfico Fernanda Mayrinck/Agência JB
Rodolfo Bernadelli


ELISEU D'ANGELO VISCONTI (1867-1944):

Nasceu em Salerno, na Itália, em 1866. Em 1883 cursou o Liceu de Artes e Ofícios do Rio. Em 1886, como aluno da Imperial Academia de Belas Artes, adquire formação artística.
Influenciado pelo Impressionismo, estilo artístico europeu em que artistas pintam cenas ao ar livre para poderem perceber a influência da luz sobre as cores (por exemplo, uma árvore sob a luz do sol tem cor e forma diferentes quando está sob a luz do anoitecer), procurou renovar as características da pintura e romper com o estilo ensinado na Academia. Visconti também foi artista gráfico, decorador de teatros e ceramista, sendo considerado o primeiro designer brasileiro.









Alameda de Teresópolis - Eliseu Visconti








Trigal - Eliseu Visconti


PRÊMIO TOPBLOG 2010



Com muita alegria o Blog Assuntos da Ana recebeu indicação para o Prêmio TOPBLOG 2010

Desde Março/10 estou postando regularmente, e para minha surpresa o número crescente de visitas me estimula a não parar tão cedo.

Conto contigo para a votação!!!
Para votar clique no selo/link do site do TOPBLOG 2010 na coluna da direita.
É rápido e sem custo! Você estará incentivando a melhoria desse blog!!!



segunda-feira, 17 de maio de 2010

DESENHO ILUSTRATIVO






É nos manuscritos religiosos, na Idade Média, que encontramos as primeiras ilustrações , que tinham a função de explicar o texto, dando assim, uma idéia do seu conteúdo às pessoas que não sabiam ler, afinal, eram uma porção bastante elevada da população. Com o decorrer dos anos, o ilustrador acaba ganhando uma certa autonomia como profissional e artista.
Assim, a função de ilustrar textos se ampliou.



A Bíblia de Carlos V



O Batismo de Cristo


Hoje em dia, a ilustração pode ser explicativa e também interpretativa.

Dizemos que ela é explicativa quando aparece em textos técnicos ou didáticos, quando a sua função é a de colocar em imagem o que diz o texto, facilitando a compreensão. Ex.:







Dizemos que ela é interpretativa, quando o ilustrador tem um trabalho mais livre e criativo, como nos textos literários, por exemplo. Nesse caso, o ilustrador dá uma interpretação ao texto e se coloca ao lado do escritor em termos de expressão artística, ampliando e enriquecendo o texto.

Essa e a ilustração foi vencedora da primeira competitiva nacional de ilustração literária, na categoria prosa. Ilustração de Clarissa França, que foi a vencedora.
(informação e imagem retirada do blog CASU)



Atividade proposta aos alunos do Ensino Fundamental,
EJA, da Escola O Acadêmico/Canoas-RS:

A partir dos poemas a seguir, o aluno deverá ilustrar um deles em PRETO E BRANCO e o outro em POLICROMIA, isto é, cores variadas:

Cidadezinha Qualquer

Casas entre bananeiras
mulheres entre laranjeiras
Pomar amor cantar

Um homem vai devagar
Um cachorro vai devagar
Um burro vai devagar

Devagar... as janelas olham
Êta vida besta meu Deus.

Carlos Drumont de Andrade
O melhor da Poesia Brasileira, I



O Bicho

Ví ontem um bicho
Na imundície do pátio
Catando comida entre os detritos

Quando achava alguma coisa,
Não examinava nem cheirava:
Engolia com voracidade.

O bicho não era cão,
Não era gato,
Não era um rato.

O bicho, meu Deus, era um homem.

Manuel Bandeira
Estrela da Vida Inteira





quarta-feira, 12 de maio de 2010

"TEATRO CANTADO"





Existe um gênero de teatro chamado ópera, no qual os diálogos são cantados.
Podemos dizer também que a ópera é um gênero musical, quando as melodias entoadas são encenadas. É como se fosse uma peça teatral cantada. É o "teatro cantado".



Cena da ópera Manon Lescaut

Na ópera os cantores e cantoras precisam conhecer bem a música e aprender canto lírico. Ter esses conhecimentos é necessário para saber impostar a voz, isto é, cantar sem desafinar e de tal forma que a platéia compreenda as palavras.

Durante a montagem de uma ópera, o canto lírico é o primeiro item a ser examinado. Cada música é preparada em separado, tanto pelos personagens como pelo coral; a orquestra por sua vez, também ensaia. O canto, após ficar pronto, une-se à orquestra. Depois os ensaios com a encenação teatral começam a ser realizados. Finalmente , os figurinos e o cenário são inseridos. E, assim, tudo fica pronto para estréia!


Existem óperas bastante famosas, como Otello, do italiano Giancchino Rossini (1792-1868), e Carmen, do francês Georges Bizet (1838-1875).


cartaz da ópera "Otello"

Além disso, precisam, como atores, transmitir emoções para o público.
Ao estudar canto lírico, o artista aprende anatomia, adequando sua postura e respiração, técnica vocal, percepção musical e prática instrumental com piano ou violão e se apresenta em recitais.

Vários músicos compuseram óperas. Entre eles, o alemão Wagner, o austríaco Mozart, o italiano Verdi e os brasileiros Antônio Carlos Gomes e Heitor Villa-Lobos.



Maetro Heitor Villa-Lobos




Antônio Carlos Gomes



Uma das óperas famosas de Antônio Carlos Gomes baseia-se no romance de José de Alencar, intitulado O Guarani. A ópera tem o mesmo título do livro e foi apresentada pela primeira vez em março de 1870, no teatro Scala, em Milão, na Itália. Os personagens principais são Ceci e Peri.

No Brasil, a estréia da ópera ocorreu no mesmo ano, no dia 2 de dezembro, em virtude do aniversário do Imperador Dom Pedro II.

O "Menino Maluquinho", personagem do escritor Ziraldo, foi tema da primeira ópera infantil brasileira, chamada Menino Maluquinho, que teve música elaborada pelo Maestro Ernani Aguiar. Foi escrita na década de 1990 e a primeira apresentação aconteceu na cidade de Juís da Fora, em Minas Gerais, em 2003.








quarta-feira, 5 de maio de 2010

PROPRIEDADES DO SOM







Os sons possuem propriedades que acontecem ao mesmo tempo e determinan as variações em uma melodia. Sem essas propriedades, não haveria melodia, portanto não haveria música.





As quatro propriedades do som são:

Altura: É a propriedade do som que o caracteriza como grave ou agudo. Ela está relacionada com a frequência da onda sonora.
Tal como a intensidade, é possível identificar a altura do som ao comparar dois ou mais sons.

O som agudo possui alta frequência, isto é, maior número de vibrações por segundo, ao passo que o som grave tem baixa freqência. A nota la normal tem a frequência de 440 hertz (Hz), que é o padrão de altura.

Podemos perceber com facilidade a altura dos sons produzidos pelos instrumentos musicais de corda e de sopro, e também pelos instrumentos de percussão.





Geralmente os instrumentos menores possuem sons mais agudos do que os maiores. Isso acontece por causa do material que está vibrando e também em virtude do espaço disponível, nop interior do instrumento, para a produção da frequência das ondas sonoras





Duração: Assim como a intensidade e a altura, é possível identificar a duração de um som ao comparar dois ou mais sons. Utilizamos figuras musicais para representar a duração dos sons:


SEMIBREVE




MÍNIMA





SEMÍNIMA







COLCHEIA








SEMICOLCHEIA








FUSA







SEMIFUSA









Intensidade : para representar a intensidade em uma partitura, utiliza-se alguns "sinais" como o "mf", por exemplo, que significa que aquele trecho da música deverá ser tocado ou cantado "meio forte".





A intensidade do som é a propriedade que o som possui de ser mais forte ou mais fraco em relação a outro som.





Timbre, que permite conhecer a origem da fonte sonora. Às vezes dois sons têm a mesma altura, a mesma duração e a mesma intensidade, mas podem ter timbres diferentes. Por exemplo: a nota sol tocada no piano tem um timbre diferente se for tocada na flauta.












O timbre permite identificar a voz de pessoas ou o instrumento musical que está sendo tocado. O timbre é a propriedade que caracteriza o som, de forma que podemos diferenciá-lo de outro.